Os poucos cartórios privatizados ainda não melhoraram serviços.

Nove dias após a privatização dos cartórios extrajudiciais do Estado, a população ainda não se beneficiou da anunciada agilidade nos serviços. Embora o valor das tarifas tenham sido reajustados, os usuários reclamam da quantidade insuficiente de senhas, do quadro reduzido de serventuários, das longas filas e da demora no atendimento que chega a várias horas.

Dos 1.463 cartórios da Bahia, 145 aderiram à privatização, o equivalente a cerca de 10% do total. Na capital, 15 de 50 cartórios passaram a ser administrados por delegatários (antigos tabelião), ex-servidores públicos que assumiram o regime privado.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) acredita na melhora do serviço a partir do início do ano que vem, após o concurso público previsto para acontecer até o fim de 2012, para preencher 1.477 vagas destinadas à delegação. Nesse intervalo, 1.318 estabelecimentos cartoriais (90%) continuam sob a tutela do TJ-BA, devido à baixa adesão dos servidores públicos lotados nos cartórios ao modelo que permite a livre contratação de pessoal. Leia mais em A Tarde. Com edição do Política Livre.

É difícil mudar a mentalidade de um funcionário público, acostumado a anos de descompromisso com o trabalho e com o respeito ao consumidor. A primeira coisa que chama a atenção em um cartório público é a grande placa em que os consumidores dos serviços são ameaçados de desacato por desrespeito ao funcionário público.

Os tempos da colonia teimam em permanecer no serviço público brasileiro.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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