Gore Vidal , o escritor iconoclasta, analista experiente e provocador imperioso na consciência nacional norte-americana, como classificou o Los Angeles Times, morreu, nesta terça, em sua casa de Hollywood Hills. Ele tinha 86 anos. Escritor prolífico, homossexual, foi um crítico ácido do way-of-life e do belicismo americano.
Li apenas um livro de Gore, “Juliano”, sobre a vida do Imperador e da sua corte. Deveria ter lido mais. Talvez o faça depois de uma visita a um sebo. Seus livros maçudos são caros.
Na internet, uma grande variedade de textos, ensaios e trechos da obra de Gore Vidal, vale perder umas boas horas com a leitura.
Um trecho de “Criação”, que cabe bem na nossa realidade política, em particular nesta aqui do Oeste baiano:
“Vocês próprios tornaram grandes esses homens dando-lhes apoio, e por isso acabaram tombando na nefasta escravidão. Cada um de vocês anda com o passo da raposa, mas no conjunto tem cabeça de vento. Pois vocês olham para a língua e para as palavras de um homem astuto, mas não vêem a ação que está sendo cometida”.

