Quando se vê a loucura que ora se instala nas campanhas eleitorais, com a cornucópia desvairada de gastos, é que se pode avaliar que o poder custa caro e qualquer candidato não mede esforços para ser eleito. Que não entremos em questões como a origem dos recursos.
Viajando rapidamente do local em que ora nos encontramos, onde não se confirma a exceção à regra, passemos primeiro para a grande capital do País, São Paulo, onde o candidato do PT, Fernando Haddad, já gastou R$11,2 milhões, recém iniciada a campanha. A informação é oficial. Não está incluído aí o dinheiro da mala preta, os mal havidos e não declarados. Pano rápido.
Passemos agora ao ponto diametralmente oposto do País, onde, nos 20 municípios de pior IDH da Bahia, se gastarão mais de R$21 milhões nas campanhas.
Nestas comunas, o analfabetismo é absoluto, a fome e a sede grassam, a saúde pública inexiste. Como são poucas as empresas e pessoas físicas com recursos, conclui-se que este dinheiro ou provem dos cofres públicos ou de empreiteiros sedentos de uma obra super-faturada.
A propaganda eleitoral fora dos espaços requisitados pela Justiça Eleitoral deveria ser proibida. Que não fosse por outro motivo, para não passarmos pelo rótulo de republiqueta de bananas, onde a mais valia e a vigarice imperam, indenes à respeitabilidade mínima e ao clamor silencioso do povo.
