O Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência, estima que, em 2012, as famílias baianas deverão gastar R$ 62,4 bilhões com a compra de produtos e serviços, 21% a mais do que o consumido em 2011. Esse valor equivale a 4,7% do consumo nacional e representa aproximadamente 59,6% da renda monetária familiar do estado. Aquisição de veículos, gastos com alimentação e materiais de construção representam os produtos mais consumidos pela população baiana.
A classe A representa apenas 1,5% dos domicílios urbanos do estado, o que equivale a aproximadamente 55 mil unidades habitacionais. Essas famílias são responsáveis por gerar 20,5% da massa monetária salarial da Bahia, destinando 34% de sua renda ao consumo com os produtos e serviços abordados pelo Pyxis Consumo. O restante pode ser gasto com viagens, habitação, serviços domésticos entre outros. Além dos produtos básicos (higiene e alimentação), os artigos relacionados ao conforto e lazer são prioridade. Do potencial de consumo existente no estado, a classe A representa 11,6%.
Classe B
Apesar da classe B representar cerca de 444 mil residências, isto é, 14,4% dos domicílios baianos, sua massa monetária familiar é a maior do estado, já que é responsável por 39,5% do total da renda produzida.
A participação de sua receita na aquisição dos produtos abordados neste levantamento é de 49,4%. O consumo realizado pela classe B corresponde a 32,7% do total dos gastos efetivados pela população residente no estado.
Esse grupo valoriza a cultura e a educação, pois os gastos relacionados a eventos, cinema, livros e mensalidades escolares aparecem entre os principais serviços e produtos consumidos.
Classe C
Este grupo representa metade dos domicílios do estado, com aproximadamente 1,547 milhão de unidades habitacionais. Embora represente três vezes mais domicílios do que a classe B, as famílias deste perfil geram somente 35% da massa salarial da Bahia e representam 43,3% do consumo.
Os domicílios de classe C destinam 73,6% de sua renda monetária para a compra de produtos e serviços necessários para o uso familiar. Apesar de consumir artigos mais básicos do que as duas classes anteriores e seu consumo estar concentrado em produtos como alimentação, medicamentos, higiene e vestuário, é possível identificar que o gasto com aparelhos celulares aparece com o maior percentual de compra. Isso ocorre devido ao tamanho de sua massa populacional e à extensão e facilidade de acesso ao crédito.
Classe D/E
Os domicílios das classes D e E correspondem a 33,5% das famílias baianas, o que totaliza 1,031 milhão de unidades residenciais. Esses domicílios geram apenas 5% da massa monetária salarial e são responsáveis por 12,4% do total do consumo realizado no estado. Seu poder de compra é restrito a produtos e serviços básicos, como vestuário e, principalmente, alimentação.
A participação da massa salarial desse grupo no consumo baiano é próxima de 149%, isso é possível porque os ganhos não monetários (vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte e programas sociais oferecidos pelo governo) têm um peso relevante para esse público. Cerca de 33% dos gastos realizados pelas classes D e E são de origem não monetária.
Particularidades
A Bahia é o quarto maior estado do Brasil, com 14,1 milhões de habitantes, o que representa 7,3% da população nacional. No ranking de produção de riquezas, ocupa o sexto lugar.
A distribuição dos domicílios urbanos do estado por classe socioeconômica também mostra um perfil diferente da média nacional, com maior presença de famílias nas classes D e E (34% ou 1 milhão de domicílios). Como resultado, a renda média familiar na Bahia está abaixo da média nacional: enquanto no total do país a renda familiar mensal está em torno de R$ 3.100, na Bahia o valor médio estimado para 2012 é de R$ 2.100.
Os baianos são ligeiramente mais jovens do que a média do país: 54% têm menos de 30 anos. No entanto, apenas 3% da população do estado completaram o ensino superior, enquanto na média nacional esse percentual é o dobro.
