Como explicar a um cidadão ingênuo e analfabeto algumas idiossincrasias da política e da justiça?
Ao dar carona a um popular, ele me pergunta:
-E agora, o que o Oziel vai fazer? Explico que o Deputado tem mandato até o final de 2014, que é candidato à reeleição e provavelmente candidato, em 2016, à Prefeitura de Luís Eduardo.
-Então quer dizer que ele não tem mais nenhum processo?
Explico a seguir que o deputado responde a algumas ações no Supremo, que é o foro privilegiado dos deputados. Tento explicar o que é uma liminar, o que é trânsito em julgado, etc. Então veio a frase que, refletindo toda a sua perplexidade, não deixou de causar espécie:
-Mas esses juízes que estão julgando não têm “deretoria”, não tem comandante que veja uma coisa dessas?

A lei aqui na Bahia é muito conveniente a interesses políticos.Partindo do princípio que se Oziel governou 8 anos com liminares concedidas pela justiça e pelo TRE baiano, se ganhasse esta eleição com toda certeza e com a benção e conveniência do TRE baiano iria governar mais 4.
Por incrível que pareça na Bahia rasgaram a Lei da Ficha Limpa e ninguém publicou nadinha sobre o fato. Principalmente por se tratar de Oziel, um ficha suja de carteirinha de fama internacinal e ainda dizem que no Brasil existe um tal de CNJ – Conselho Nacional de Justiça, e que o referido Orgão deveria ser o responsável pela fiscalização da corrupção no poder judiciário. Me parece que essa fiscalização não tem poder para alcançar à Juíza que concedeu uma liminar muito conveniente para Oziel, muito menos o TRE baiano, que concede todas as liminares que Oziel publica antecipadamente que vai buscar em Salvador. Será que ele tem bola de cristal ou algum poder paranormal? Muito pelo contrário, pois todo cidadão inteligente sabe muito bem do que se trata.
Aqui em Luís Eduardo o povo tem muita desconfiança a respeito da justiça, principalmente pelo fato de Oziel ter infiltrado no Fórum da cidade seus pupilos e lacáios. São tantos no recinto que se fossem retirados de lá com toda certeza o Fórum nem funcionaria. Em vista disso é que não se pode ter a justiça como instituição séria e comprometida com o povo de Luís Eduardo.