Sobe desemprego na região metropolitana de Salvador

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou, em setembro, uma taxa de desemprego total de 19% da População Economicamente Ativa (PEA), valor levemente superior ao observado em agosto (18,8%). As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Dieese, Seade e Setre.

Em setembro, o contingente de desempregados foi estimado em 358 mil pessoas, 9 mil a mais que no mês anterior. Esse resultado deveu-se ao aumento de postos de trabalho (21 mil) inferior à elevação da PEA (30 mil). Em setembro, foram criados 21 mil postos de trabalho, elevando o contingente de ocupados para 1.526 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento nos Serviços (28 mil ou 3,1%) e, em menor proporção, no Comércio e reparação de veículos automores e motocicletas (2 mil ou 0,7%). A Indústria de transformação manteve-se estável; enquanto a Construção registrou decréscimo (7 mil ou 5,0%).

Segundo o tipo de inserção ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou em relação ao mês anterior (20 mil ou 2,0%). Houve acréscimo no setor privado (15 mil ou 1,8%) e no setor público (5 mil ou 3,4%). No interior do setor privado, verificou-se crescimento no contingente de trabalhadores com carteira assinada (5 mil ou 0,7%) e, em maior proporção, no dos sem carteira assinada (10 mil ou 8,3%). Registrou-se crescimento no agregado Outras posições ocupacionais, que inclui os empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócios familiares (1 mil ou 1,7%), enquanto os contingentes de trabalhadores Autônomos e de Domésticos mantiveram-se inalterados.

 

No mês de agosto, o rendimento médio real elevou-se para os ocupados (1,2%) e para os assalariados (0,7%). Os valores dos rendimentos médios foram estimados em R$ 1.055 e R$ 1.147, respectivamente.

COMPORTAMENTO EM 12 MESES – Em relação a setembro de 2011, a taxa de desemprego total aumentou, ao passar de 15,8% para os atuais 19,0% da PEA. O aumento da taxa de desemprego total deveu-se às elevações da taxa de desemprego aberto, que passou de 11,3% para 13,1%, e da taxa de desemprego oculto, que passou de 4,5% para 5,9%. No mesmo período, o contingente de desempregados aumentou em 85 mil pessoas, como resultado do crescimento do número de postos de trabalho (72 mil) inferior ao acréscimo da PEA (157 mil). A taxa de participação aumentou, ao passar de 57,0% para 61,1%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 5,0%, passando de 1.454 mil pessoas para 1.526 mil. O nível ocupacional cresceu em quase todos os setores de atividade econômica analisados: nosServiços (52 mil ou 5,9%), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (5 mil ou 1,7%) e na Indústria de transformação (7 mil ou 5,6%);  já no setor da Construção não houve variação.

Segundo a posição na ocupação, nos últimos doze meses, o emprego assalariado cresceu (56 mil ou 5,8%), devido ao aumento do contingente do setor privado (67 mil ou 8,4%), visto que o trabalho assalariado no setor público diminuiu (10 mil ou 6,1%). O setor privado registrou acréscimo no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (52 mil ou 7,6%) e entre os sem carteira assinada (15 mil ou 13,0%). Houve elevação nos contingentes do agregado Outras Posições Ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar (4 mil ou 7,1%), de Autônomos (11 mil ou 3,5%), e de Domésticos (1 mil ou 0,8%).

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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