O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pegou, “de sem pulo”, de fora da área. E colocou no ângulo, lá onde a coruja dorme. O verdugo dos mensaleiros encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (25), denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por supostamente apresentar notas fiscais frias na tentativa de negar o pagamento de despesas pessoais por um lobista, em 2007.
Na época, para não ser cassado, o peemedebista renunciou à presidência do Senado, posição cobiçada por ele novamente e para a qual é favorito. O caso tramita no Supremo desde 2007 com o número 2593 e relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Desde então, Calheiros já teve, por exemplo, seus sigilos fiscal e bancários quebrados por ordem da Corte. Porém, a investigação estava sob a responsabilidade do procurador-geral desde abril de 2011. Neste período, Gurgel não fez mais nenhum pedido ao relator.
A Procuradoria não informará quais crimes foram imputados a Calheiros, já que o inquérito corre sob segredo de Justiça. Informações da Folha e do Bahia Notícias, editadas por este jornal.

