Além dos prejuízos causados pela seca de dezembro e pela seca de fevereiro, outro fenômeno está preocupando os produtores oestinos: o intenso ataque de lagartas à cultura de soja, favorecidas pelo tempo firme e principalmente pela crescente resistência aos inseticidas. Há relatos de até 8 aplicações de inseticidas sem resultado aparente. Existem ao menos nove lagartas que atacam a soja. A do algodão, Helicoverpa gelotopoeon, está entre elas, mas sempre foi uma praga secundária, relatam os agricultores. Há registro de ampliação dos ataques na Argentina há quatro safras.
Outra consequência grave é que com o fim do ciclo da soja, a lagarta migrará para o cultivo do algodão, mais tardio, podendo causar danos imprevisíveis à cultura. Uma aplicação de inseticida custa, ao produtor, praticamente o equivalente a uma saca de soja.


