Motos: o que fazer com essa gente sem cabeça e apressada?

Continuando assim, vai chegar um tempo em que cada família vai ter um mutilado ou uma morte para chorar
Continuando assim, vai chegar um tempo em que cada família vai ter um mutilado ou uma morte para chorar

As mortes na Síria, em dois anos de combates intensos, com massacres de civis, milicianos e tropas regulares, chegam a 70 mil.

As mortes de motociclistas no Brasil, em dois anos, chegam a quase 25 mil. Mas o número de feridos e mutilados é assustador: quase 50 mil só no Nordeste e mais de 60 mil no Sudeste. A frota de motos cresceu 89% no Nordeste e somente Luís Eduardo tem mais de 7.000.

Agora à noite, em frente ao posto Ursa, zona conflagrada e com ultrapassagem proibida, dois motoqueiros, acompanhados pelos respectivos caronas, passaram pela janela do meu carro a mais de 70 km/hora, dividindo a pista com um pesado caminhão que trafegava no sentido contrário.

O que fazer com essa gente sem cabeça e cheia de pressa? Só uma solução à vista: fiscalização rigorosa, multa e recolhimento dos veículos que estejam com problemas de documentação e equipamentos. Pelo número de motos apreendidas que se vê no posto da PRF, delegacia 10/10, em Barreiras, se sabe que o problema é grave. Pergunta-se, então, quem cuidará dos motoqueiros de Luís Eduardo?

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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