
O secretário Eduardo Salles fez uma afirmação, hoje, em Barreiras, durante audiência pública com Ministério Público, produtores e secretários municipais de 9 cidades, que pode ter forte repercussão em toda a cadeia produtiva. Segundo o Secretário, setores do Governo tem em conta a possibilidade de bio-terrorismo, constatado o fato do surgimento de novas variedades da lagarta Helicoverpa, desconhecidas até então, em biomas diversos, ao mesmo tempo.
Há alguns anos, houve o mesmo tipo de suspeita em relação à ferrugem da soja, tendo acontecido até a prisão de um estrangeiro que visitava campos cultivados, sem autorização, fazendo “pesquisas” cujo objetivo não conseguiu explicar.
A reunião pública teve o objetivo de analisar os procedimentos que serão adotados para a aplicação do Benzoato de Emamectina nas fazendas de algodão dos municípios de Barreiras, São Desidério, Luis Eduardo Magalhães, Baianópolis, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Correntina, Jaborandi e Cocos. A aplicação desse produto agroquímico, de comprovada eficiência no combate à lagarta Helicoverpa spp, que prejudicou as lavouras de soja e algodão no Oeste baiano, já foi tema de duas reuniões entre o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, produtores e Ministério Público estadual e federal.
Da reunião de logo mais participam o secretário Eduardo Salles, promotores do MP de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras; o diretor de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), ligada à Seagri, Armando Sá; produtores e os secretários de Agricultura, Meio Ambiente e de Saúde dos nove municípios afetados pela praga, que já provocou prejuízos superiores a R$ 1 bilhão, e está comprometendo a economia de toda região.
O Ministério da Agricultura (MAPA) autorizou a importação do agroquímico Benzoato de Emamectina, indicado para combater a lagarta Helicoverpa spp, mas não autorizou o registro emergencial do produto. Sem essa condição, promotores dos Ministérios Públicos federal e estadual de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães afirmaram, durante reunião realizada em Barreiras, no final de abril, que o produto não poderia ser utilizado, remetendo o assunto para ser discutido em Brasília, em nova reunião realizada no dia 2 deste mês, no MP Federal.
Deste último encontro, considerando o impacto para a economia de toda região Oeste e do Estado, acordou-se que o produto seria aplicado, com acompanhamento, pelo prazo de 90 dias.

