Por Fernando Machado, do ZDA
Hoje, terça-feira (04/jun) a Câmara de Barreiras aprecia, em plenário, o veto do prefeito Antonio Henrique à lei que proíbe a taxa cobrada pelo tratamento do esgoto sanitário da cidade. A propositura, aprovada no último dia 17 de abril, impede que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) cobre o percentual de 80% sobre o valor do consumo de água.
A discussão clara, honesta e objetiva do tema, o que não aconteceu em momento algum, acabou resumida ao embate político-eleitoral entre o comando dos dois poderes. De um lado a Câmara, presidida por Carlos Tito (PDT) que é oposição ao atual prefeito, por outro à gestão Antonio Henrique (PP), que alinhada ao governo da Bahia segue determinação da capital do Estado.
O que entendo como mais importante no debate, à efetividade do serviço propriamente dito, não houve e nem preocupa as partes envolvidas. Barreiras tem pouco menos de 30% de rede coletora e tratamento de esgoto, o restante das águas putrificadas, produzidas pela população, é lançada criminosamente no rio Grande.
A cobrança da taxa é questionável, óbvio, mas o cuidado com o meio ambiente não? Será que nosso esgoto é devidamente tratado? O rio Grande, somado a sua fauna, flora e ribeirinhos que dele dependem, está sendo respeitado por nós e pela Embasa?
Diferente do que defende Câmara e Prefeitura de Barreiras, sou a favor da manutenção da taxa, mas de forma escalonada – mínimo de 40% e máximo de 80%. Quem ganha mais e gasta mais, paga mais. Quem pouco tem e pouco consome, pouco paga.
Gostaria de ver a Embasa, Prefeitura, Câmara e órgãos ambientais trabalhando harmoniosamente em defesa dos nossos recursos naturais e, consequentemente, pelo bem-estar da população.
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