As metrópoles em cólera. Por trás dos aumentos, a vergonha do Caixa 2.

Manifestantes queimaram contêineres na área Central de Porto Alegre (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
Manifestantes queimaram contêineres na área
Central de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)

A Brigada Militar do RS divulgou na manhã desta sexta-feira (14) o balanço dos atos de vandalismo praticados por manifestantes durante o protesto contra o valor da passagem em Porto Alegre. Os registros ocorreram na área central da capital gaúcha na noite de quinta-feira (13).

Ao todo foram 21 lojas pichadas, seis agências bancárias depredadas, dois veículos particulares e dois veículos de órgãos de imprensa foram danificados, mais de 40 contêineres de lixo foram quebrados e um incendiado. Além disso, a Igreja do Rosário e a sede do Tribunal de Justiça do estado também sofreram danos. Um policial militar foi atingido por uma pedrada e precisou de atendimento médico, segundo o Major André Cordova, da Brigada Militar. Outros seis manifestantes também ficaram feridos.

A repórter do jornal Folha de S. Paulo Giuliana Vallone, que foi atingida no olho direito por um tiro de bala de borracha disparado por policiais militares na quinta-feira, em São Paulo, está internada no Hospital Sírio-Libanês e afirmou que já consegue enxergar com o olho ferido.

No Rio de Janeiro permanece preso um estudante que portava explosivos, de natureza não explicitada, em sua mochila.

O que está por trás do grande vulto das manifestações, a grande imprensa e até a imprensa nanica não comentam. É cristalina a verdade que nos setores de transporte público, do recolhimento do lixo e das obras rodoviárias estão os principais financiadores do chamado CAIXA 2 de campanha. Isto significa que os prefeitos dessas grandes cidades têm compromissos com os cessionários do serviço público de transportes. Uma vergonha tão explicita quanto um folhetim pornográfico.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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