Quando falamos aqui que o transporte público, estopim do motim em todo o País, além de ser de péssima qualidade e caro, financiava as campanhas políticas, a informação ficou no ar, porque efetivamente a caixa preta da corrupção não deixa provas. Leiam porém o que a coluna Panorama Político, de Ilimar Franco, em o Globo, de ontem, 22, fala sobre o assunto:
“Governadores, prefeitos e tribunais de contas não podem mais fugir da raia. Os lúcidos cobram a abertura da caixa-preta do transporte. Empresas do setor são doadores de campanha. Para ilustrar, um secretário estadual relatou que em 2005, em São Paulo, o subsídio às empresas de transporte era de R$ 240 milhões. Este ano será R$ 1,2 bi. O subsídio cresceu cinco vezes em oito anos.”
A facilidade com que o dinheiro público viaja por empresas “prestadoras de serviços públicos” direto para o bolso dos políticos é impressionante.
No Rio de Janeiro, descobriram que 47% do transporte público está nas mãos do sogro do Governador. Assim, direto, sem intermediários.
Veja aqui o que comentamos sobre a situação do transporte público em Luís Eduardo Magalhães.

