UMOB tem reunião para resolver problema dos aterros sanitários

Os municípios necessitam firmar os consórcios, isso barateia custos e o oeste precisa de um Aterro Sanitário, porém precisamos  apresentar projetos. Foto Claudio Foleto
Os municípios necessitam firmar os consórcios, isso barateia custos e o oeste precisa de um Aterro Sanitário, porém precisamos apresentar projetos. Foto Claudio Foleto

Humberto Santa Cruz, presidente da UMOB – União dos Municípios do Oeste Baiano parece estar disposto a encarar de frente um dos graves problemas da região: os depósitos de lixo. Ontem, realizou uma reunião extraordinária para tratar de assuntos referentes à criação do Consórcio Intermunicipal de Meio Ambiente (Aterro Sanitário), uma solicitação do prefeito de Riachão das Neves, Hamilton Santana. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos todos os municípios brasileiros têm até 2014 para formalizarem seus Planos Municipais de Resíduos Sólidos e terem seus próprios aterros.

“Os municípios necessitam firmar os consórcios, isso barateia custos e o oeste precisa de um Aterro Sanitário, porém precisamos respeitar datas e apresentar projetos”, defendeu Santana. Já Humberto aproveitou para fazer uma rápida explanação sobre o funcionamento dos consórcios e sobre como os municípios devem proceder para a captação desses recursos.

“Nossos encontros só tem sentido quando conseguimos trocar experiências e serviços. A prefeitura de Luís Eduardo Magalhães está a disposição para auxiliar os técnicos dos municípios associados à Umob no auxílio à captação de recursos, principalmente do governo federal”, explicou. Humberto ainda abordou a regularização fundiária e os recursos disponíveis dos Ministérios, além da importância dos municípios implantarem uma Secretaria de Meio Ambiente concomitante um Fundo Municipal de Meio Ambiente.

O presidente da Umob lembrou aos presentes que no próximo dia 19 de julho o município de Luís Eduardo Magalhães fará o lançamento do seu Plano de Saneamento Básico. Na oportunidade será debatido ainda o Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Grande.

Na pauta do encontro também foi debatido a capacitação da Corregedoria Geral da União (CGU) para que os municípios se adequem ao Programa Transparência Brasil, ainda sem data definida. Os prefeitos que participaram da XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios e trouxeram notícias de como foi a participação no movimento e destacaram a importância da Umob nesse processo.

UMOB itinerante

Humberto Santa Cruz propôs também a realização de visitas periódicas aos municípios que integram a Umob.

“Precisamos conhecer a realidade local de cada município para levarmos projetos e articulações de acordo com as prioridades de comum acordo”, destacou Humberto. O primeiro município a ser visitado será Catolândia.

Humberto fez questão de salientar aos prefeitos presentes a seriedade da descentralização de poder em relação ao gestor municipal e sua equipe de secretários. Lembrando a pauta de reivindicações levantada durante o 1° Encontro dos Prefeitos Eleitos no Oeste da Bahia, em novembro de 2012, foi debatido ainda a possibilidade de ser realizado um encontro com o governador da Bahia Jaques Wagner. A ideia é alinhar as necessidades e propostas para a região oeste.

Incremento da Piscicultura

Durante a Bahia Farm Show 2013, Humberto conversou com o presidente do Bahia Pesca, Cassio Peixoto e sugeriu uma programação para dar assistência aos municípios, no que diz respeito a geração de renda e movimentação econômica regional, através da implantação de projetos de piscicultura na região oeste.

Atendendo ao pedido da Umob, a Bahia Pesca (Secretaria Estadual de Agricultura) enviou um representante Jackson Ornelas, que na quinta-feira, 11, visitou a sede da Umob em Barreiras e participou da reunião com os prefeitos.

Na oportunidade, Ornelas, além de divulgar ações do órgão no estado apresentou as linhas geras de um seminário que será realizado no mês de agosto na região oeste. “O evento é uma maneira de divulgar o que de fato a Bahia Pesca realiza com projetos de aquicultura e como segmento econômico relevante na Bahia”, disse Ornelas.

Jackson afirmou que está aumentando o numero de criação de pescados no estado. “A China detém atualmente metade da produção mundial, a Índia consome 15% e o Brasil está em 12º lugar com 0,87% da produção de pescado do mundo inteiro”. Inicialmente a Bahia Pesca se limitava a região litorânea, atualmente pretende implantar projetos na região oeste, e por isso da realização do seminário objetivo é criar demandas de acordo com a realidade do oeste e alavancar esse nicho de mercado.

A Bahia Pesca está organizando uma rede de assistência técnica. O município que tem vocação, disposição e condição para explorar a Piscicultura, recebera total apoio do governo estadual. O seminário abordará questões como técnicas de aquicultura, produções de rações, criação de diferentes espécies de peixes, beneficiamento de pescados e suporte para escoar a produção do material produzido.

“Essa é mais uma oportunidade que a Umob oferece aos seus munícipes. Luís Eduardo Magalhães, já conseguiu recursos para construção de um frigorífico e uma fábrica de ração. A ideia é justamente ampliar e trabalhar de maneira modular e a medida que os projetos mostrarem resultados, investir no consumo interno e na exportação da produção”, comentou o presidente Humberto.

A orientação é que os prefeitos iniciem o trabalho de identificação das necessidades de cada município para serem discutidos neste seminário. Jackson Ornelas divulgou que a Bahia Pesca irá implantar um escritório na região para melhor atender essa fase de ascensão da aquicultura no oeste baiano.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “UMOB tem reunião para resolver problema dos aterros sanitários”

  1. Caro Sampaio.
    Em 2007 o ex: Prefeito de LEM assinou um TAC, Termo de Ajuste Conduta com o Ministério Público garantindo que iria construir em quatro meses o melhor aterro sanitário da Bahia e que seria um exemplo para o Brasil. Isso aconteceu na semana do Meio Ambiente daquele ano. O que aconteceu que a obra não foi realizada?

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