
Hoje chegou, ao Brasil, não só o líder espiritual de bilhões de pessoas, mas também o charmain-of-the-board da multinacional mais antiga e de maior sucesso na história dos negócios internacionais. Ao lado da beleza da fé e da grande obra de caridade desenvolvida, a Igreja possui carteiras de investimentos, um banco, propriedades em todo o mundo que valem bilhões, e além disso ainda há o dinheiro dos fiéis. São muitas riquezas para uma religião que tem como fundador uma pessoa humilde e simples. No caixa do Vaticano há cerca de 316 milhões de dólares; parte desse montante vem do Óbulo de São Pedro (doações diretas ao papa), Banco do Vaticano e as Dioceses (somente aquelas em que sobra dinheiro).
Além disso, há a carteira de investimentos da Santa Sé: um pouco menos de 4 bilhões de euros. Isso seria apenas uma estimativa, pois os números exatos são mantidos em total sigilo. Porém, toda essa riqueza é apenas do poder central. As igrejas de cada país agem de maneira independente, e possuem riquezas independentes também. As mais ricas são as igrejas da Alemanha e dos Estados Unidos. A igreja germânica possui cerca de 200 bilhões em euros apenas em imóveis.
A recente renúncia do Papa Alemão tem um leque de motivos, um abismo no qual a igreja se encontra: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era, na renúncia de Bento X, um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma, onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas.
Sem prejuízo da promiscuidade de uma banda homossexual, presa fácil de gigolôs baratos em busca de vantagens financeiras e informações importantes.
O Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema, na palavra do blogueiro Ivo S.G. Reis, em virulento ataque à Igreja e à figura do Papa.
A Igreja Católica não tem uma história isenta de graves faltas, assim como todas as outras, com sua sanha arrecadatória, o enriquecimento ilícito de seus líderes e a sua propaganda milagreira.
No entanto, é bom crer em Deus. Como nos tempos das cavernas, quando nossos antepassados encolhiam-se com o barulho de um trovão, acreditando na manifestação de mau humor de um ser superior. Mesmo que ele exista somente para levar ao inferno os arautos de sua grandeza e aqueles que usam seu santo nome em vão.


