Atualmente o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, com 550 mil presos em uma estrutura preparada para suportar pouco mais de 300 mil detentos. Se o País tivesse investimentos no trabalho dos presidiários, na indústria e na agricultura, e até no artesanato, poderíamos ter uma notável ressocialização, ganhos para as famílias e, com a redução das penas, economia para o Estado. Como é o caso da unidade de produção da grife Doisélles,que hoje encontra-se dentro do pavilhão 1 da Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, em Juiz de Fora (MG), onde a produção é inspecionada por controle de qualidade tipo exportação. Os 18 detentos que trabalham para a grife estão presos sob regime fechado, condenados por crimes que vão de assalto à mão armada a assassinato.
Em Campo Grande, alguns presidiários fazem mobiliário de estilo. Em Aparecida de Goiás, 300 presos produzem material esportivo. Em Colatina, ES, se dedicam à confecção de vestuário. Em Sorocaba, produzem mudas. Em Caxias do Sul, mobiliário. Também em Guarapuava, prisão modelo, quase todos os presidiários trabalham com móveis. O exemplo se repete em Encantado, Ijuí e Santiago, no Rio Grande do Sul.
A experiência existe, os modelos de ressocialização e remissão da pena estão aprovados. Falta mesmo é dinheiro e vontade política.


