
O chacareiro Valdecir José Pelissari, catarinense, 59 anos, foi detido hoje pelo delegado Leonardo de Almeida Mendes Júnior, por pratica de trabalho análogo à escravidão, na pessoa de José Gomes da Silva, Pernambuco, de 42 anos. Conforme depoimento de José, era empregado há 1 ano e 8 meses de Valdecir, com salário de R$250,00, que nem sempre era pago, com alegações de descontos de toda ordem. Além disso, José dormia num quarto anexo ao chiqueiro de porcos, onde também fazia as refeições. Valdecir recolhia produtos vencidos nos supermercados e restos de alimentos nos restaurantes para dar aos porcos e geralmente estes faziam parte também da alimentação de José.
José denuncia também agressões por parte de Valdecir, mostrando uma ferida no ombro que, segundo ele foi produzida por faca ou facão. José afirmou também que sofreu agressão a socos e pontapés. Em determinada oportunidade, recebeu um pontapé na região escrotal, que lhe causou uma grande hérnia.
O empregado não tinha, segundo a denuncia, dinheiro para comprar remédios e isso só foi feito algumas vezes porque a esposa de Valdecir lhe alcançava alguns trocados, escondida do marido. José só saia do sítio acompanhado do patrão, para buscar restos nos restaurantes, e era proibido de manter contato com seus familiares.
O crime de trabalho escravo é penalizado com prisão de 5 a 10 anos, mas afiançável. A imposição do uso de habitação insalubre, a retenção de salários e os maus tratos são agravantes.
Na Delegacia, hoje, José perguntava: “O que vou fazer agora? Como posso pegar minhas coisas lá na chácara? Quando vou receber meu salário?”



Infelizmente isso é muito comum aqui na nossa região. Pessoas sem escrúpulos vêm para nossa região e querem ganhar dinheiro a qualquer custo, nem que para isso tenham que fazer uma barbárie dessas. Graças a Deus neste caso a justiça esta sendo feita.
So para ajudar a esclarecer! a pena pelo crime é de 2 a 8 anos e nao de 5 a 10! Outra coisa, por se tratar de crime de competencia da justiça federal o inquérito deveria ser remetido para Polícia Federal. As vezes este tipo de atuação da polícia civil, ambora justa, possa tecnicamente levar a auma absolviçao do acusado.