Sindicato esclarece motivos da paralisação de professores e agentes de saúde

Carmélia da Mata: questionando atitudes do Executivo.

Em entrevista exclusiva ao Expresso, a presidente do Sindsemb, Carmélia da Mata, falou, hoje, sobre os motivos que levaram a categoria do professores municipais a deflagrar a paralisação. Segundo a sindicalista, várias tentativas de negociação foram feitas junto a gestão municipal no sentido de encontrar uma saída negociável para a situação dos profissionais. Afirma a sindicalista:

“Na segunda-feira (02) sentamos na mesa com o secretário de Educação, Cosme Wilson, tendo como pauta principal, as remoções dos servidores concursados e lotados na secretaria. Infelizmente há falta de critérios por parte da gestão no que tange à vida profissional dos servidores e professores concursados que, ao longo dos últimos oito anos, foram qualificados para ocuparem determinadas funções. Vale ressaltar que houve durante estes oito anos investimentos financeiros das gestões anteriores para ter profissionais qualificados e capazes de desenvolver as suas ações de acordo com a sua qualificação por área. No entanto, o que prevaleceu foi a falta de respeito para com estes profissionais, que investiram e se debruçaram em estudar, elaborar projetos para melhorar a qualidade de vida dos alunos da rede municipal de ensino, bem como a equipe gestora deste município. Segundo o secretário de educação, professor Cosme Wilson, as determinações foram elaboradas e executadas por uma comissão composta por outros secretários e técnicos da Prefeitura Municipal, o mesmo afirmou que não tinha nada a fazer”, disse Carmélia.

Segundo Carmélia, foi questionado, com o Secretário, na referida reunião se havia falta de autonomia na pasta. Afirma a Presidenta do Sindicato:

 “Procurei os vereadores que compõem a comissão de saúde e educação para denunciar os atos abusivos da gestão atual, e os desmandos ocorridos nestes últimos oito meses de governo, especialmente os direitos dos servidores”.  Nossos profissionais estão sendo vítimas de assédio moral, como por exemplo, cito o caso de uma auxiliar de serviços gerais que ao se dirigir a seu chefe imediato, o mesmo a mandou calar a boca, uma vez que ela não tinha nível intelectual para conversar com ele”, relatou.

Outro ponto destacado por Carmélia foi o atraso nos pagamentos de salários:

 “Os trabalhadores estão recebendo por ordem alfabética. Não aceitamos isso. A administração só libera pagamentos quando pressionamos! Já solicitamos ao nosso departamento jurídico que solicite judicialmente o bloqueio das contas da prefeitura como forma de garantia das remunerações”, falou.

Carmélia da Mata informou ainda que apresentou queixa formal ao edis que compõem a comissão de Saúde e Educação, composta pelas vereadoras Drª Graça, Karlúcia Macêdo e Isabel Rosa, tendo a participação da professora Marileide Carvalho. Os vereadores se comprometeram em agendar nova audiência com o secretário de Educação, professor Cosme Wilson, e com a secretária de saúde, Regina Figueiredo, para posteriormente dar uma resposta aos servidores.

“O mesmo pedido de esclarecimentos foi enviado ao gabinete do prefeito e até a presente data não tivemos nenhuma resposta. A atitude demonstra o descaso com os servidores e a falta de respeito para com a entidade que os representa”.

Enquanto isso,  a categoria está paralisada por prazo indeterminado. Ou até que sejam feitas as regularizações e convocada assembleia geral extraordinária para o dia 12 de setembro na Praça Duque de Caxias, em frente à sede do Sindsemb.

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