Barreiras: agentes de saúde podem perder cargo se concurso de 2007 for anulado

Gilvan Ferreira de Souza
Gilvan Ferreira de Souza

Texto e foto de Luís Carlos Nunes

Muito se têm falado nos últimos dias sobre a possibilidade da nulidade do concurso público realizado no ano de 2007 em Barreiras. Toda imprensa regional tem dado destaque ao problema com manchetes que enfatizam a categoria dos professores, que seria a mais prejudicada por dispor de maior número no certame questionado em sua legalidade pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Uma categoria menor numericamente, porém não menos importante, é a dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (ACS’s), que segundo o sindicato da categoria, Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (Sindacs), todos os atuais 126 profissionais em atividade foram aprovados no concurso público de 2007.

Esses trabalhadores são de importância estratégica para qualquer município, uma vez que são através de levantamentos de dados, feitos a campo, que muitos programas sociais são destinados a municipalidade.

Para que tenhamos uma exata dimensão da importância dos ACS, em suas atribuições, estão a promoção de ações de educação para a saúde individual e coletiva, registrar nascimentos, óbitos e doenças para o controle e planejamento das ações de saúde, estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde, realizar visitas domiciliares para monitoramento de situações de risco à família, participar de ações que fortaleçam os elos entre o setor de saúde e outras políticas que promovam a qualidade de vida, além de operar em atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças.

Em fala registrada no dia 03 de setembro, quando utilizou a Tribuna Popular na Câmara de Vereadores de Barreiras, Gilvan Ferreira dos Santos, Coordenador Geral do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias do Oeste da Bahia disse:

“A questão da saúde, mais que uma questão legal, é um problema social, estamos na luta por reconhecimento de nosso papel social”.

Em novo contato no dia 16, Gilvan falou:

“Se o Tribunal não agir com flexibilidade, todo o acumulo de trabalho e conhecimento nos setores em que atuamos, serão desperdiçados por conta daqueles que não assumiram responsavelmente suas competências”.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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