
Após congratulações e palestra em homenagem ao “Outubro Rosa”, retomou-se expediente da Câmara com apresentação de pauta da sessão ordinária. Entre diversas outras questões apresentadas, uma gerou grande quiproquó no plenário da Egrégia Casa de Leis.
De autoria do vereador Gilson Rodrigues, sob fervorosos protestos pela ala governista, foi aprovado moção de repúdio contra o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho que esteve presente na comuna na última sexta-feira (18) para participar de reunião com o prefeito Antônio Henrique e fez pronunciamento em rádio local. Segundo Gilson o presidente da Empresa de Saneamento, ofendeu os vereadores e a instituição com palavras de desprestigio e ofensas. “O senhor Abelardo, o qual não conheço pessoalmente e nem faço questão de conhecer, ocupou os microfones de uma rádio e disse vários termos pejorativos contra os edis desta casa, nos acusou de termos interesse de participarmos de debate com ele. Disse ainda que essa casa age de forma politiqueira e que o presidente Carlos Tito tem fixação pelo tema esgoto e pela Embasa”, disse o parlamentar.
Ainda no uso da palavra, o edil disse que o mesmo não poderia se furtar do ofício de defesa dos interesses da população. “Esse senhor, como um forasteiro e sem conhecer a realidade de Barreiras, disse que a taxa de 80% para o esgoto é justa e que se a mesma não voltar a ser cobrada ficará inviável o término da obra de esgotamento sanitário. Fomos todos nós acusados de estarmos buscando o nosso próprio umbigo. Não podemos aceitar essa afronta por parte daqueles que durante anos esqueceram nosso município. Ele só disse besteiras! Quando iniciamos os debates, não veio ninguém aqui pra ouvir os anseios da sociedade e fazer a sua defesa. A Embasa leva mais de 3 milhões mensais e não retorna nada em investimentos para a cidade”, bradou.

Os vereadores governistas até ensaiaram uma retirada em massa do plenário, mas a votação já havia sido feita e novamente imposta uma derrota ao governo municipal.
Foram ouvidos ainda comentários entre alguns vereadores que o momento para votar lei que cancela a concessão da Embasa está chegando.
A vereadora governista Núbia, indignada, acusava o Presidente da casa de não ter dado tempo hábil para apreciação da matéria e dizia em alto e bom tom que naquela casa não havia democracia. “Nós não fomos comunicados sobre essa pauta, eu jamais voto em questões que não conheço por isso me abstive de meu voto”.
