
Decisão da Justiça de Luís Eduardo Magalhães deve alterar profundamente as relações de componentes da Mesa Diretora da Câmara Municipal com a Presidência da Casa, em relação à negativa do presidente Cabo Carlos na divulgação de documentos públicos. A sessão ordinária de ontem, destacada pela baixa temperatura dos pronunciamentos, caracterizou a calmaria que prenuncia tempestades.
Desde fevereiro deste ano, os vereadores procuram informações sobre a gestão do Presidente. No início do ano, um grupo de vereadores de Luís Eduardo fez uma longa viagem à cidade de Apucarana, no Paraná, para visitar a sede da empresa construtora, que ganhou no ano passado a concorrência para repintar o prédio da Câmara Municipal, num contrato acima de R$500 mil. Perderam a viagem, pois só encontraram lá uma empresa dedicada ao ramo de topografia. Por mais que procurassem, não encontraram a empresa.
Esse fato originou uma série de pedidos de informação à Mesa Diretora da Casa, por parte de vereadores de Oposição, inclusive porque que as licitações da Câmara continuam mantidas quase em segredo, inclusive aquelas relacionadas com agenciamento e emissão de passagens aéreas e rodoviárias, link de informática, material de informática, reposição de cartuchos e outros.

Enquanto isso na Prefeitura Municipal, nem os Vereadores, nem o Povo, nem a Imprensa e muito menos as empresas tomam conhecimento das licitações e tampouco das demais ações do executivo municipal, mas diferente da Câmara Municipal, do Prefeito ninguém pode falar nada e muito menos publicar, não é mesmo meu caro.