O futebol de 1958 e as normalistas.

A Seleção em 62. Posso não saber a escalação do Internacional, mas essa conheço de cor e salteado.
A Seleção em 62. Posso não saber a escalação do Internacional, mas essa conheço de cor e salteado.

Eu tinha 10 anos em 1958 e duas paixões: o rádio transistor Hitachi que meu pai me dera e as figurinhas – policromias, como se chamava – dos jogadores da Seleção Brasileira. No radinho, ouvi a transmissão, pela Guaíba, da sequencia de vitórias brasileiras na Suécia, identificando os jogadores pelas figurinhas.  Entre meus ídolos, o goleador Altafini Mazzola; o inventor da folha seca, Didi, e o goleiro Gilmar e o grande Nilton Santos, lateral que inventou a posição. Ele se foi ontem, como já foram Didi e Gilmar.

Em 62, com 14 anos, ouvi também, no mesmo radinho, o Brasil ser bi-campeão no Chile, mesmo com Pelé lesionado. Mas com 14,  já não colecionava figurinhas de jogador. Preferia mirar, nem que fosse de longe, as normalistas que subiam a avenida General Osório ou desfilavam, no domingo pela manhã, pela rua Pinheiro Machado, em Cruz Alta.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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