Pular para o conteúdo

Leituras: Santayanna e a triste história da interferência yankee no projeto FX2

14/12/2013
O PAK FA T-50: tecnologia disponível para o Brasil com a aquisição do SU 35

O PAK FA T-50 stealth figther: tecnologia disponível para o Brasil com a aquisição do SU 35

O experiente jornalista Mauro Santayanna disserta, em seu blog, sobre a sinuca de bico em que os três últimos presidentes do País foram constrangidos, pelos Estados Unidos, para a compra do seu caça F-18 Super Hornet Boeing, com vistas ao reequipamento da Força Aérea Brasileira, dentro do Projeto FX2. Santayanna não cita, mas a supremacia norte-americana em informática e comunicação via web é tão violenta e agressiva, que uma opção de melhor relação custo/benefício, como o SU 35, russo, poderia ser um desastre. Exemplo histórico disso pode ser o fato dos experimentados pilotos iraquianos, na primeira guerra no Iraque, simplesmente não terem decolado para combater os aliados. Todo o seu sistema de comunicação e desenvolvimento do voo, além de contra medidas, estava contaminado por um insidioso vírus transmitido por impressoras HP, adquiridas na França, 6 meses antes do início da batalha.

“Os pilotos da FAB, que majoritariamente prefeririam a compra de jatos russos Sukhoi-35, no lugar de caças norte-americanos F/A 18E, devem estar com suas esperanças renovadas, em razão da espionagem direta da NSA (agência nacional de segurança) norte-americana sobre a Presidente Dilma Rousseff e outros membros do governo brasileiro. As denúncias praticamente sepultam as chances da Boeing vencer a licitação do Programa F-X2.

O Brasil não foi apenas mais um país entre os muitos espionados pelos EUA, mas o país estrangeiro mais espionado pelos EUA.
Os norte-americanos nos consideram não apenas um adversário potencial, mas – como criador dos BRICS e terceiro credor dos EUA – o seu pior inimigo, a nação mais perigosa do mundo, no contexto geopolítico.

Se os Estados Unidos são capazes, do ponto de vista moral, de espionar até o email dos outros, como o mais vulgar fofoqueiro de escritório ou hacker ladrão de senha de banco e de cartão de crédito, imagine-se o que não fariam com os códigos-fonte dos novos caças brasileiros, e o que não fazem, por meio das empresas (próprias e originárias de outros países da OTAN), que trabalham na indústria de “brasileira” de defesa.

A nova motorização e aviônica dos caças AMX – os primeiros exemplares modernizados foram entregues pela Embraer à FAB essa semana – mostram que, se quisermos, poderemos fabricar aqui mesmo, a partir desse vetor subsônico, aviões intermediários para cuidar da defesa de nossas fronteiras.

Quanto à compra de caças-bombardeios de primeira linha, a aproximação com os russos, com a aquisição dos Sukhoi-35 como fator de dissuasão, nos permitiria entrar de pleno como sócios em bases iguais – com garantia de desenvolvimento e transferência de tecnologia – no Projeto do PAK FA T50, o caça multipropósito de quinta geração que está sendo construído em conjunto por russos e indianos no âmbito dos BRICS.

O PAK-FA está sendo desenvolvido justamente para substituir o Sukhoi SU-35 (sua tecnologia os russos já asseguraram ao Brasil em caso de compra), como o principal caça russo para a primeira metade do século XXI. É um caça-bombardeio polivalente de incrível manobrabilidade (ver vídeo), com um alcance de 5.000 quilômetros, e carga de 10 toneladas de armas.

Enquanto os EUA fazem o que querem com as nossas telecomunicações – criminosamente desnacionalizadas no Governo Fernando Henrique, a ponto de entregar até os BrasilSATs para os mexicanos – a Embraer se aproxima perigosamente da Boeing, em projetos como o do novo transporte militar KC-390, originalmente projetado no Brasil, e concebido inicialmente como um avião regional, sem participação norte-americana.

Considerações de mercado não podem sobrepor-se a interesses estratégicos nacionais, principalmente quando se trata de “sócios” com a credibilidade e caráter de nossos vizinhos do norte.”

Publicado no Blog do Mauro Santayanna

No comments yet

Deixe um comentário