Um texto irretocável, enquadramento de câmeras, passagens de uma cena à outra com suavidade, uma trilha sonora fantástica (ops) ao final. Dona Dilma quase ganhou meu voto com seu pronunciamento de final de ano. Até porque seus concorrentes estão soçobrando em plena pré-campanha, aos gritos de ‘venceremos’.
A explicação de que a economia é como vasos comunicantes e que a função do gestor é acomodar o fluxo entre os vários setores passa para a história como a melhor metáfora do ano em um país de economia débil, com problemas nas áreas de segurança, educação e saúde e, principalmente, na infraestrutura. Faltam investimentos pesados em ferrovias, portos, aeroportos e estradas. A política de privatizações, que já parece acelerada, precisa entrar em ritmo frenético para poder recuperar décadas perdidas sem investimento. Dona Dilma tem uma tarefa ingente pelos próximos cinco anos de mandato.
Em um recado aos “críticos”, a presidenta disse que a “instalação da desconfiança” é muito ruim para o Brasil e que uma “guerra psicológica” pode inibir investimentos e retardar iniciativas.
Em pouco mais de 12 minutos, Dilma frisou que o Brasil tem motivos para esperar um 2014 “ainda melhor do que foi 2013”. “Sinto alegria de poder tranquilizar vocês dizendo-lhes que entrem em 2014 com a certeza que o seu padrão de vida vai ser ainda melhor do que você tem hoje, sem risco de desemprego, podendo pagar as prestações, em condições de abrir sua empresa ou ampliar seu próprio negócio”, disse a presidenta, conforme frisou a Agência Brasil.
