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Ganância e risco: Brasil toma desvio ao optar pelo petróleo

31/12/2013

Os GM EV1, destruídos por ordem da montadora.

Os GM EV1, destruídos por ordem da montadora.

A  destruição do carro elétrico de autonomia regional virou filme em 2006

A destruição do carro elétrico de autonomia regional virou filme em 2006

Está escrito no evangelho de São Marcos, a frase definitiva sobre a ganância:

“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”

A sentença serve como uma luva para o futuro da energia no Brasil. As ações de alto risco na prospecção de petróleo no pré-sal e de gás de xisto no continente são prova de que a gestão pública brasileira está errando, sob inspiração e pressão das sete irmãs, o conglomerado dos negócios do petróleo em todo o mundo. São essas sete irmãs que fazem as guerras no oriente médio, que contaminam as terras e as águas dos Estados Unidos, especialmente no Alasca; que dominam com mão de ferro as cotações internacionais e que não deixam a indústria automobilística ir em frente na produção de carros alternativos, elétricos, híbridos, a hidrogênio e ar comprimido.

O EV1 da GM foi disponibilizado, a partir de 1996 e até 1999, através de contrato de arrendamento inicialmente para os moradores das cidades de Los Angeles, Califórnia, e Phoenix e Tucson, Arizona. Os arrendatários do EV1 foram oficialmente participantes de uma “avaliação de engenharia do mundo real” e estudo de mercado para a viabilidade da produção e comercialização de um veículo para transporte regional elétrico. Os carros não estavam disponíveis para compra. Dentro de um ano do lançamento do EV1, programas de leasing também foram lançadas em San Francisco e Sacramento, Califórnia, junto com um programa limitado, no estado da Geórgia. Embora a reação do cliente para o EV1 foi positivo , a GM concluiu que os carros elétricos teriam ocupado um nicho rentável do mercado automóvel e acabou destruindo todos os seus carros elétricos , independentemente do protesto dos clientes.

O desenvolvimento tecnológico acelerado da energia elétrica obtida através da força dos ventos e da luz solar, além de outros combustíveis alternativos, como o etanol de diversas origens, não justifica mais que os carros elétricos não sejam produzidos em massa.

No Brasil, um dos maiores potenciais do mundo em energia eólica e solar, não se justifica que carros elétricos populares sejam produzidos em massa. Principalmente para atender a crescente poluição das metrópoles do sudeste.

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