Polícia Federal começa a prender quadrilha que desviou R$73 milhões da Caixa

Mega-SenaA Polícia Federal confirmou, por meio de seu perfil no Twitter, a prisão de um dos foragidos da Operação Éskhara, que visa a desarticular uma organização criminosa que praticou uma fraude milionária na Mega-Sena. A polícia não identifica o detido, mas ele seria o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto, que disputou a vaga em 2010 pelo PMDB do Maranhão.

Operação da PF foi deflagrada na última sexta-feira (17) em três Estados para desarticular uma quadrilha que teria desviado R$ 73 milhões da Mega Sena, jogo de loteria da CEF (Caixa Econômica Federal). O banco relatou à PF que se trata da maior fraude já sofrida em toda sua história.

Outros quatro mandados de prisão preventiva, dez mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva estão sendo cumpridos nos Estados de Goiás, Maranhão e São Paulo.

Já foram recuperados 70% do dinheiro desviado, informou a PF. O gerente da agência onde a conta foi aberta esta preso antes da operação batizada de Éskhara ser deflagrada. A PF não informou se ele colaborou com a investigação.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.

A PF informou ontem que as investigações prosseguem porque há a possibilidade de existirem outros fraudadores. O Estado apurou que a PF que trabalhou em parceria com o Ministério Público do Tocantins não tinha a intenção de deflagrar a operação já neste sábado, mas antecipou pra evitar vazamento de informação.

A CEF divulgou nota na qual informa que foi o banco quem comunicou à PF sobre a fraude.

— Em relação à operação Éskhara da PF (Polícia Federal), a Caixa Econômica Federal informa que acionou a Polícia logo que constatou a fraude. O banco continua acompanhando o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações.

A operação da PF ocorre no momento em que a CEF tenta abafar uma crise após a revelação pela revista IstoÉ de que se apropriou de R$ 719 milhões de saldos de contas bancárias de clientes que foram encerradas por iniciativa do banco.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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