Só chuva em dobro evita racionamento.

Barragem de Sobradinho: quase seca depois de dois anos sem chuvas importantes.
Barragem de Sobradinho: quase seca depois de dois anos sem chuvas importantes.

É a manchete do jornal Valor Econômico de hoje, que circula em quase uma dezena de capitais. A matéria afirma ainda que as chuvas do final de semana não foram suficientes para conter a queda do nível das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, principal caixa d’água do setor elétrico brasileiro. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios das regiões fecharam o domingo com 35,54% de sua capacidade de armazenamento de água, uma queda de dois pontos percentuais com relação ao verificado uma semana antes.

Para especialistas, o Brasil tem que torcer por um volume de chuvas quase duas vezes superior ao que caiu nas duas primeiras semanas de fevereiro para afastar de vez o risco de racionamento de energia. “Janeiro e fevereiro são meses cruciais para o setor elétrico brasileiro. São definitivos para traçar um quadro para o resto do ano”, afirma Mikio Kawai Jr, diretor da consultoria especializada Grupo Safira Energia. Este ano, a curva do nível dos reservatórios apresenta comportamento atípico por conta da estiagem prolongada — normalmente, registra alta entre dezembro e maio, quando termina o período chuvoso; agora, vem mostrando queda.

O volume de chuvas em janeiro foi o terceiro pior em 83 anos, diz Kawai. Em fevereiro, segundo dados do ONS, as chuvas das duas semanas equivalem a 33% da média histórica para o setor. Segundo as projeções da Safira, é preciso chover, até agosto, um volume equivalente a 65% da média histórica (ou quase duas vezes o registrado em fevereiro) para que eliminar de vez o risco de racionamento — praticamente todo o parque térmico brasileiro está hoje em operação, o que reduz a margem de manobra do ONS com medidas para poupar água nos reservatórios.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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