Diversas entidades ligadas aos produtores rurais de todo o País estiveram reunidas em audiência pública, na manhã desta quinta-feira (27), na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. A reunião aconteceu para debater o combate a Lagarta Helicoverpa Armigera, que tem gerado grandes prejuízos nas lavouras do país. A Comissão recebeu representantes da Embrapa, Anvisa e Ibama, a intenção dos parlamentares foi cobrar uma posição desses órgãos quanto à liberação de defensivos agrícolas para combater a praga. Só no oeste da Bahia, os danos já ultrapassam mais de 2 bilhões de reais no ano passado.
O deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), que é integrante da Comissão e que presidiu parte dos trabalhos durante a audiência pública, fez vários questionamentos sobre a política de defensivos agrícolas.
– Não se pode tratar a agricultura tropical com a agricultura de clima temperado, são situações completamente diferentes. Nós precisamos pensar como nação, a agricultura brasileira é questão de segurança nacional. O governo precisa tratar os agricultores com a devida atenção que eles merecem. Precisamos de uma solução urgente para por parte de todos os órgãos envolvidos na liberação desses defensivos agrícolas.
Para o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), Júlio Busato, entidade que representa mais de 1300 associados, e que participou da audiência a convite do deputado Oziel Oliveira, disse que existe um jogo de poder na liberação desses defensivos.
– Se o grande produtor tem imensas dificuldades em combater a praga, imaginem o pequeno agricultor? Imaginem o agricultor familiar? Esses dependem exclusivamente de políticas públicas para salvar suas pequenas produções.
Vale lembrar que em 2013 o deputado Oziel Oliveira liderou uma grande frente composta por parlamentares e agricultores para pressionar o Ministério da Agricultura e a Casa Civil a autorizar a importação de defensivos agrícolas que pudessem combater a lagarta Helicoverpa. O que de fato ocorreu com a inclusão de uma emenda na Medida Provisória 619/2013, que posteriormente, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff.






