Quem assistiu, nesta madrugada, a entrevista de Almino Afonso, no programa Jô Soares, relembrando os episódios de 1º de abril de 1964, pôde chegar a uma conclusão: os golpistas eram amadores, o Governo de Jango era amador, assim como foi amadora a resistência armada ao golpe. Se somadas aos índios presos e torturados para dar espaço às grandes obras na Amazônia, as vítimas fatais da repressão chegam perto de 3.000 pessoas. Uma perda irreparável, até porque entre as vítimas estavam as melhores cabeças pensantes do País.
O amadorismo acabou. Hoje, os governantes são capazes de analisar – e aprovar – cláusulas de “Put Option” em complicados tratados comerciais internacionais. Ou continuam amadores e são enganados pelos insidiosos diretores de uma estatal brasileira?

