Dengue: cada cidadão tem que cuidar da sua casa

De Francis Juliano, do Bahia Notícias

O aumento das notificações em casos de dengue em Salvador (63% nos dois primeiros meses) em comparação ao ano passado e a morte da estudante de Direito Bruna Gomes de Oliveira Muniz, de 24 anos, da forma hemorrágica, preocupam a população. Por mais que cuidados com a enfermidade sejam conhecidos, os números de casos tendem a aumentar.

foto de Evilásio Júnior
foto de Evilásio Júnior

Segundo João Emanuel Araújo, coordenador do grupo técnico da dengue na Bahia, as secretarias de saúde do município e do estado, sozinhas, não têm condição de erradicarem o Aedes aegypti.

“Que fique bem claro: a dengue não pode ser combatida pelas secretarias de saúde. Cada um tem que cuidar do seu quadrado, ou seja, da sua casa, do local de trabalho e da escola”, disse em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rádio Tudo FM 102,5.

De acordo com Araújo, outros fatores influenciam no aumento dos casos no verão, como o aumento temporário da população, as altas temperaturas do período, e o acometimento de novos hospedeiros do Aedes aegypti. O fato de as pessoas se preocuparem mais com a doença e procurarem ajuda também fazem crescer o número de notificações, informou o gestor.

Araújo afirmou ainda que enquanto não houver uma vacina eficaz contra a doença, as recomendações conhecidas de evitar água parada e lacrar tonéis, garrafas e outros recipientes continuam necessárias. Sobre o projeto de criatório de mosquitos transgênicos em Juazeiro, vale São-Franciscano, e em Jacobina, centro-norte, que geram espécies destinadas a morrer antes da fase de contaminação – e que dividem opiniões de especialistas quanto aos efeitos colaterais – Araújo disse que espera conclusões mais efetivas do estudo. “Se der certo, vai ser mais uma ferramenta de controle da dengue”, finalizou.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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