O projeto de lei que define o ofício como profissão segue sem ser votado no Congresso Nacional. No entanto, o reconhecimento dos direitos de garotas e garotos de programa ganha corpo em tribunais do país. A informação é do Correio Braziliense.
Nos últimos anos, o Brasil assistiu outras questões polêmicas serem definidas apenas ao chegar às cortes: união civil de homossexuais, uso de células-tronco embrionárias e aborto de fetos anencéfalos. A garantia dos direitos trabalhistas a profissionais do sexo caminha a mesma trilha. No Legislativo, o então deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) propôs, em 2003, regularizar a prostituição, mas teve o projeto arquivado. Também na Câmara, o ex-deputado Eduardo Valverde (PT-RO) teve a iniciativa engavetada. Ao apresentar o projeto, em 2012, o deputado Jean Wyllys (Psol-Rj) assumiu a causa.
Agora que as putas vão ter a profissão regulamentada, talvez seja a vez de se preocuparem com a profissão de jornalistas, cada vez mais frequentada pelos filhos delas, experimentados gestores da picaretagem em comunicação.
Sempre lamento pelos pais de jornalistas, que fizeram sacrifícios imensos para levarem os filhos à faculdade e viram um canetaço da justiça, típico dos regimes de exceção, acabar com a profissão.





