Ódio, cobiça e crime: caso do menino morto no RS tem outros caminhos

Os suspeitos de assassinato do menor
Os suspeitos de assassinato do menor
A vítima
A vítima

A Polícia Civil avança na investigação para descobrir o que motivou o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, em Três Passos, noroeste do Rio Grande do Sul. A informação é importante para pedir a transformação da prisão temporária dos suspeitos, que tem prazo de 30 dias, em prisão preventiva. Em coletiva na manhã desta quarta-feira, a delegada responsável pelo caso, Caroline Bamberg Machado, disse que a hipótese de o crime ter sido motivado por questões econômicas cresce no decorrer do inquérito. O menino deveria herdar, aos 18 anos, os bens da mãe, que se suicidou há alguns anos, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, no consultório do marido.

O advogado da família materna de Bernardo, Marlon Adriano Taborda, repassou à Polícia Civil a informação de que, nos próximos dias, deve estar concluído o inventário de Odilaine. O menino teria direito a parte dos bens da mãe e, quando o pai morresse, a parte do patrimônio dele também. Essas questões, misturadas a fatores emocionais, poderiam ter motivado Graciele Ugulini a assassinar o enteado.

Outro ponto apurado é o fato de que, 72 horas antes de cometer suicídio, a mãe de Bernardo, Odilaine Uglione Boldrini, estaria fechando um acordo para se separar de Leandro Boldrini — ela receberia R$ 1,5 milhão mais uma pensão de R$ 10 mil mensais.

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugulini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini – que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município –, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava ter uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos. Veja a cobertura completa em Zero Hora.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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