Buenos Aires, agora só “penas e olvido”

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A Argentina e, particularmente, Buenos Aires eram paraísos perdidos na terra para o turista na década de 90. Boas livrarias, bons espetáculos no grandioso Colon, arquitetura neoclássica, com toques de art deco do começo do século XX, comida barata e, principalmente, segurança: caminhava-se pelas avenidas portenhas na madrugada sem nada temer. Duas décadas se passaram: panelaços e bumbos peronistas, uma migração acelerada e Buenos Aires se perdeu na fumaça da insegurança pública latino-americana.

Ontem, segundo La Nacion, assaltaram o senador  Aníbal Fernández  em Avellaneda e tomaram o seu BMW. Ele voltou para casa de carona, depois de procurar um posto de combustíveis. Contrariando a letra do tango de Carlos Gardel, “mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver, no habrá más penas ni olvido”, agora só sofrimento e esquecimento pela bela cidade, que um dia foi um pedaço da Europa derramada ao longo do rio da Prata.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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