O executivo supostamente indicado pelo ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha para trabalhar no laboratório Labogen, controlado pelo doleiro Alberto Youssef, foi, de fato, contratado no final de 2013 para o cargo de diretor institucional da empresa em Brasília. Marcus Cezar Ferreira de Moura recebia mensalmente, por sua função, R$ 25 mil – apesar de o salário registrado em carteira ser de cerca de R$ 4 mil.
Moura trabalhou como promotor de eventos do Ministério da Saúde (MS) entre maio e agosto de 2011. O ex-ministro nega com veemência que tenha feito a indicação e disse que vai processar o deputado André Vargas por citá-lo em mensagem para o doleiro. Youssef, que segundo a Polícia Federal comandou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões, utilizaria o Labogen para fazer remessas ilegais de dólares. Em dezembro de 2013, o acusado fechou uma parceria com o MS de R$ 31 milhões, quando o Padilha ainda estava à frente do órgão. Informações da Folha de S. Paulo.
O ex-ministro Alexandre Padilha foi ontem à noite às televisões desmentir suas ligações com Alberto Youssef. Fica o dito pelo não dito, mas o preço que o pré-candidato ao Governo de São Paulo vai pagar certamente será alto. Os governistas querem arrasar, de uma vez por todas, os dois grandes domínios dos oposicionistas, Minas e São Paulo. Não será uma luta de fácil resolução.
