Audiência pública discute atendimento bancário em Luís Eduardo Magalhães

Representantes de diversos setores da sociedade estiveram presentes.
Representantes de diversos setores da sociedade estiveram presentes.

Representantes da sociedade civil, do Procon, e vereadores do Município de Luís Eduardo Magalhães apresentaram, nesta segunda, 9, dificuldades, problemas e reivindicações relacionados aos serviços oferecidos pelos bancos e instituições financeiras da cidade, durante audiência pública promovida pelo Ministério Público estadual, por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca, com o apoio do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon). Na ocasião, o promotor de Justiça André Bandeira de Melo Queiroz explicou aos presentes que a audiência era uma etapa do inquérito civil instaurado pelo MP para apurar as reclamações da população sobre o atendimento bancário nas agências. Também estiveram presentes o promotor de Justiça George Elias Pereira e representantes das instituições bancárias. André Bandeira explicou que a audiência teve caráter educativo e o objetivo de subsidiar um diagnóstico preciso do problema e das soluções possíveis.

Entre os problemas citados, está a demora no atendimento, falta de estacionamento nas agências bancárias, pequeno espaço destinado às áreas de atendimento ao público, a quantidade insuficiente de funcionários nos estabelecimentos, e a precariedade dos caixas eletrônicos que estariam quase sempre fora de funcionamento ou ainda sem dinheiro para atender às solicitações de saque. Foi também colocada a necessidade de instalação de uma agência bancária no bairro de Santa Cruz, ainda hoje lá inexistente por suposta ligação com um alegada alta criminalidade local. Pelos edis presentes, foi ressaltado o descumprimento pelos bancos de leis municipais. Segundo o promotor André Bandeira, há uma vasta legislação municipal em Luís Eduardo Magalhães que complementa a Lei Federal e o Código de Defesa do Consumidor, que trazem parâmetros sobre tempo de espera nas filas, vagas de estacionamento, sanitários e guarda-volumes nas agências bancárias. Segundo a ata da audiência, os representantes dos bancos alegaram dificuldades para cumprimento de algumas reivindicações, entre elas a baixa qualidade do serviço de telefonia e internet, e mostraram disposição em solucionar os problemas.

Foram feitas sugestões para solucionar alguns das questões apresentadas, a exemplo dos bancos alugarem espaços destinados a estacionamentos aos clientes, da cobrança das instituições bancárias à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) quanto a uma melhoria do serviço de internet, e da realização de uma descentralização das agências e aumento do número de caixas eletrônicos na cidade.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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