Do Coletiva.net, portal gaúcho da comunicação
Com o início da Copa do Mundo do Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) atualizou o número de casos de agressão a profissionais de imprensa durante manifestações. De maio de 2013 a 18 de junho deste ano, a entidade contabilizou 190 casos de violência ou prisão, envolvendo 178 profissionais. Os 17 casos mais recentes aconteceram em cidades-sede da Copa, quatro deles, em Porto Alegre (relembre aqui e aqui).
Seguindo o padrão observado desde o início dos protestos, a maioria das violações (88%) foi causada por policiais militares. Para a associação, dentre essas ocorrências, 46% são consideradas intencionais, pois aconteceram apesar de o jornalista estar devidamente identificado como tal. A Abraji entende que a polícia continua usando “força excessiva e descabida em muitas ocasiões, prejudicando o trabalho da imprensa e a liberdade de expressão”.
A entidade também destaca a necessidade de observância pelas forças de segurança ao disposto na resolução nº 6/2013 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, segundo a qual “repórteres, fotógrafos e demais profissionais de comunicação devem gozar de especial proteção no exercício de sua profissão, sendo vedado qualquer óbice à sua atuação, em especial mediante uso da força”.
A planilha com os dados desde o início das manifestações pode ser baixada neste link.

