Brizola, a educação, o socialismo e as ervas daninhas

Brizola, no retorno do exílio.
Brizola, no retorno do exílio.

Revejo, emocionado, no Canal Brasil, o documentário de Tabajara Ruas sobre a trajetória de Leonel de Moura Brizola, seguramente o maior estadista do Brasil contemporâneo. Governador do Rio de Janeiro, construiu 500 CIEPs – Centro Integrado de Educação Pública, entre eles, a maior escola do País, no sambódromo. Um exemplo imorredouro de construção de uma pátria.

No documentário, Brizola refere-se às plantas do deserto, que sobrevivem em quaisquer circunstâncias, para exemplificar sua vida de altos e baixos na política, inclusive os 15 anos de exílio. Ele foi o fundador do Partido Democrático Trabalhista, o partido de melhor ideário do País, hoje entregue, em especial na Bahia, a ervas daninhas, aproveitadores e oportunistas.

Foi Brizola quem primeiro se levantou contra o poder da Globo, vencendo-o no famoso caso Proconsult em que a “Vênus Platinada” liderou processo de fraude nas urnas nas eleições para o Governo do Estado.

Parodiando Caetano, quando falou sobre João Gilberto, “a verdade é que aprendemos tudo com Brizola”. Um exemplo inclusive para Dona Dilma, que recebeu abrigo do PDT nos seus primeiros passos na política depois da clandestinidade e da prisão.

Aos seus admiradores, só resta entoar a canção que ele reviveu, em sua luta pela legalidade e pela soberania brasileira, o Hino da Independência do Brasil:

“Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

CIEPs: ele construiu 500 em 4 anos, sem verbas federais, apenas com recursos do Estado do Rio de Janeiro
CIEPs: ele construiu 500 em 4 anos, sem verbas federais, apenas com recursos do Estado do Rio de Janeiro

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Brizola, a educação, o socialismo e as ervas daninhas”

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