
Revejo, emocionado, no Canal Brasil, o documentário de Tabajara Ruas sobre a trajetória de Leonel de Moura Brizola, seguramente o maior estadista do Brasil contemporâneo. Governador do Rio de Janeiro, construiu 500 CIEPs – Centro Integrado de Educação Pública, entre eles, a maior escola do País, no sambódromo. Um exemplo imorredouro de construção de uma pátria.
No documentário, Brizola refere-se às plantas do deserto, que sobrevivem em quaisquer circunstâncias, para exemplificar sua vida de altos e baixos na política, inclusive os 15 anos de exílio. Ele foi o fundador do Partido Democrático Trabalhista, o partido de melhor ideário do País, hoje entregue, em especial na Bahia, a ervas daninhas, aproveitadores e oportunistas.
Foi Brizola quem primeiro se levantou contra o poder da Globo, vencendo-o no famoso caso Proconsult em que a “Vênus Platinada” liderou processo de fraude nas urnas nas eleições para o Governo do Estado.
Parodiando Caetano, quando falou sobre João Gilberto, “a verdade é que aprendemos tudo com Brizola”. Um exemplo inclusive para Dona Dilma, que recebeu abrigo do PDT nos seus primeiros passos na política depois da clandestinidade e da prisão.
Aos seus admiradores, só resta entoar a canção que ele reviveu, em sua luta pela legalidade e pela soberania brasileira, o Hino da Independência do Brasil:
“Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.


Uma consideração sobre “Brizola, a educação, o socialismo e as ervas daninhas”