Aleluia pega pesado com o legado de Wagner

Sec José Carlos Aleluia_foto Valter Pontes6“Em sete anos, cinco meses e 24 dias corridos, o governador Jaques Wagner prometeu e não fez o Porto Sul, a Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol), a ponte Salvador-Itaparica, os novos aeroportos de Ilhéus e Vitória da Conquista, a duplicação da ponte do Pontal e da estrada Ilhéus-Itabuna, além de tantas outras obras que ficaram na promessa não cumprida”, afirma o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia.

Para o líder democrata, só na propaganda enganosa de seu governo, Wagner vai fazer tudo isso nesses últimos seis meses e seis dias dos oito anos de seu fracassado mandato. “O legado do PT na Bahia é o assustador crescimento da violência com o assassinato de 35 mil baianos, mais mortes do que na Guerra do Iraque. É o caos da saúde pública com as pessoas morrendo nas filas dos hospitais, esperando atendimento. É a péssima educação que deixa sem futuro milhões de jovens”.

Políticos adoram uma mise-en-scène, um jogo para a torcida. Aleluia sabe que Porto Sul, Fiol, aeroportos, duplicação da estrada e outras obras citadas são de exclusiva responsabilidade do Governo Federal. Os problemas de Saúde e de Segurança não são exclusividade da Bahia. No entanto, a herança maldita dos anos ACM e do próprio Wagner são efetivamente um problema que o próximo governador terá que administrar. E a aí, efetivamente, a porca torce o seu respectivo rabinho. 

Seria hora, talvez, de Jaques Wagner meditar e confortar-se com a famosa frase do antropólogo, educador e político de escol, Darcy Ribeiro, ao final da sua vida:

“Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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