Acidente aéreo: soma de pequenos incidentes.

A trajetória do avião depois de arremeter sobre a pista até a queda: tempo total de 2 min de voo.
A trajetória do avião depois de arremeter sobre a pista até a queda: tempo total de 2 min de voo.

Dois dias depois da morte de Eduardo Campos, recifenses começaram a levantar suspeitas de um possível atentado contra o socialista. De acordo com o jornal ‘O Dia’, nas ruas de Recife, a tese é a mais comentada pela população. “Não tem um pernambucano que não desconfie dessa morte. O avião virou uma bola de fogo em pleno ar. Como assim? Era um dos aviões mais modernos do mundo.

As conclusões que o Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA, do Ministério da Aeronáutica, chegar, dentro de mais ou menos 60 dias, sobre o acidente que vitimou o candidato Eduardo Campos e sua equipe de campanha, certamente não conterão dados que alimentem uma teoria conspiratória.  É necessário que leigos, como nós, entendam que um acidente aeronáutico é sempre resultado de um somatório de pequenos incidentes ou falhas, que acabam por redundar – ou não – numa tragédia como a de Santos.

Mau tempo, com rajadas fortes de ventos; um piloto cansado por um regime de trabalho intenso, com capacidade de reação lenta; uma possível falha em um ou nos dois motores; uma atitude de voo não compatível com a ocasião; a ausência de um sistema ILS; uma curva apertada para retornar logo à pista de destino. Tudo isso pode ter se somado para contribuir com a tragédia.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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