TCU diz que roubaram R$243 milhões da refinaria de Pernambuco. Só isso?

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As obras da refinaria de Abreu e Lima (PE), da Petrobras, foram superfaturadas em R$ 243 milhões, segundo resultado de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Até agora, foram gastos nas obras mais de R$ 24 bilhões. Nesta quarta-feira (24), o TCU aprovou medida cautelar retendo parte dos pagamentos previstos de R$ 125 milhões.

Nos depoimentos que prestou sobre o esquema de corrupção envolvendo as obras da refinaria, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confessou à Justiça Federal que, de fato, os valores dos contratos haviam sido superfaturados.

Exatos 52 contratos de obras, em cinco refinarias, foram submetidas a auditoria, segundo explicou o relator do processo, ministro José Jorge, e foram encontradas irregularidades em quatro contratos, todos eles referentes a Abreu e Lima. Referem-se aos pesos considerados pela Petrobras para os itens mão-de-obra, materiais e equipamentos, nos reajustes dos valores dos quatro contratos. Para os técnicos do tribunal, os pesos eram maiores do que os registrados em outros contratos da estatal e não captavam a variação real do custo de produção.

O ministro do TCU apontou ainda “fortes indícios de desequilíbrio econômico e financeiro em desfavor da Petrobras” e “indícios de pagamentos indevidos” às empresas que realizam essas obras. A estimativa é que as irregularidades tenham provocado prejuízo de R$ 243 milhões até abril deste ano. Se os envolvidos forem condenados, eles podem ter que devolver esse valor aos cofres públicos.

Se roubaram somente R$243 milhões em Abreu e Lima, os ladrões deveriam ganhar monumento em praça pública, com presença de autoridades civis, militares e eclesiásticas e animação da retreta municipal. No Brasil não se rouba apenas 1% das obras, mas algo como 30%. O roubo não seria de R$7,5 bilhões? Tem certeza?

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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