Justiça da Bahia libera utilização do benzoato de emamectina

O Tribunal de Justiça da Bahia autorizou a liberação de defensivos contendo benzoato de emamectina para o combate à lagarta helicoverpa armigera. A decisão vai contra o Ministério Público do Estado que, em maio de 2013, barrou a utilização do produto.
O benzoato de emectina foi importado no ano passado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia em caráter de urgência, depois de um decreto de emergência fitossanitária emitido pelo Ministério da Agricultura. O defensivo está estocado em Luis Eduardo Magalhães.
A helicoverpa armigera provocou prejuízos bilionários nas lavouras de algodão e soja do Estado nas duas últimas safras.

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Segundo a Embrapa o inseticida benzoato de emamectina pode ser mais uma opção de produto para o controle de Helicoverpa armigera. Porém, é preciso considerar que existem pelo menos outros 24 produtos registrados emergencialmente, pelo MAPA para o controle dessa praga.

Estudos da Embrapa, realizados na cultura da soja, indicam que no mínimo cinco moléculas apresentam eficiência satisfatória quando aplicados em pulverização foliar nas doses de registro. Tais moléculas representam oito produtos registrados distribuídos em quatro diferentes grupos químicos (Diamidas, Pirazol, Oxadiazina e Diacilhidrazina), viabilizando a rotação de produtos com diferente modo de ação para evitar que se desenvolva populações de pragas tolerantes aos inseticidas, com o passar dos anos.

Nas regiões onde o uso emergencial do benzoato de emamectina for autorizado, é muito importante que o produto seja usado corretamente para se evitar danos à saúde humana e ao meio ambiente. Ao definir sua estratégia de manejo, o produtor deve procurar sempre optar por produtos mais seguros ao homem e menos impactantes ao meio ambiente, deixando o benzoato de emamectina apenas para casos extremos

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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