
A repercussão negativa do debate do SBT, tido como o mais agressivo do segundo turno da eleição presidencial, parece ter feito a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff(PT) adotar uma estratégia mais propositiva com a consequente diminuição da intensidade dos ataques a Aécio Neves (PSDB) no debate entre os presidenciáveis, promovido na noite deste domingo (19), na Rede Record. No confronto, a presidente destacou ações em estímulo a micro-empresários, segurança pública, saúde e educação, em especial no ensino técnico.
O debate: Dilma e Aécio trocam agressividade por guerra de números
A candidata à reeleição abriu o debate destacando suas ações em relação aos micro empresários individuais, em especial à legislação do Super Simples, enquanto o tucano propôs a simplificação do sistema tributário. Ao retomar a palavra, a candidata à reeleição destacou que o Simples cresceu 111%, gerando 9 milhões de empregos.
Mais tarde, instada pelo tucano a comentar o financiamento da segurança pública, Dilma destacou a questão não é federal, mas que assim mesmo seu governo investiu mais. Nas palavras de Dilma, enquanto o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) investia R$ 1,2 bilhões por ano enquanto seu governo investiu R$ 4,4 bilhões anuais nesse item. Mais tarde, destacou ainda que o governo federal investiu mais de R$ 17 bilhões em postos de integração das policias e que, se eleita, manterá essa política, inclusive atuando para mudar a Constituição, que retira do governo federal a responsabilidade de financiamento da área.
A presidente também questionou o adversário sobre a flexibilização de leis trabalhistas sustentando que em 2001, os tucanos tentaram levar um projeto de lei nesse sentido, mas que este foi sufocado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Quem foi que disse que a divisão de milagres está fechada? Pelo menos na reta final ouvir propostas é bem mais palatável do que ouvir ofensas. Como dizem no popular, meu ouvido não é penico e isso vale para os dois lados.