
Pois um pequeno grupo de vereadores de Luís Eduardo Magalhães – são sempre os mesmos – cometeu, na sessão da Câmara de ontem, mais uma bravata. Certamente querendo auferir algum reforço de caixa, prepararam-se para pedir vistas ao processo de doação da área de 55 hectares para a instalação do campus da UFOB na cidade.
O vereador Jarbas Rocha, líder da bancada do Governo, avisado da manobra, pediu a suspensão por 15 minutos para discutir o projeto de autoria do Executivo.
O vereador Sidnei Giachini, insidioso como sempre, chegou a afirmar nas redes sociais que o projeto beneficia o grupo político do Prefeito, alegando a valorização da área do empresário que doou a área ao Município.
O vereador Renildo, um dos que iriam pedir vistas do projeto, obstaculizando a doação, disse que outro empresário teria desejo de doar uma área para a universidade, a 16 km da cidade, com acesso de 6 km de terra, nas proximidades do futuro aterro sanitário.
Sabedor das dificuldades, o empresário João Antonio Franciosi, que doou a área ao Município, depois de visita técnica da comissão de instalação da UFOB, afirmou para amigos que reverte o processo de doação com prazer, desanimado com a chantagem dos vereadores.
O que vai acontecer, está escrito nas estrelas. Por causa de um pequeno grupo de arrivistas, alpinistas financeiros, que querem tirar vantagem de tudo que passa pela Câmara, a cidade vai acabar perdendo o campus da UFOB ou atrasar a sua instalação definitiva.
O mesmo que está acontecendo com a permuta do terreno do armazém da CONAB. O Município perdeu a instalação de um armazém de 100 mil toneladas de capacidade estática, que iria proporcionar centenas de empregos e adensar a cadeia produtiva de grãos, por uma representação inócua e descabida do Ministério Público da Bahia.

“Mamãe, não quero ser prefeito. Pode ser que eu seja eleito. E alguém pode querer me assassinar.” Raulzito tinha toda razão.