Fiscal da Aneel é preso por tentativa de extorsão em São Paulo

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta terça-feira, 3, a prisão do servidor Iuri Conrado Posse Ribeiro pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo. Segundo a polícia, o servidor, especialista em regulamentação, queria dinheiro para não atrapalhar os negócios de um empresário da área de energia. O órgão regulador informou que vai abrir um processo administrativo disciplinar para investigar o caso.

Iuri Ribeiro foi preso no momento em que ele recebia uma mala contendo R$ 400 mil falsos em um shopping na Avenida Faria Lima, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, na segunda-feira, 1. A vítima procurou integrantes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) do Deic para pedir ajuda por temer a ação do funcionário público.

O servidor, que trabalha na sede da Aneel, em Brasília, teria cobrado R$ 4 milhões pelo golpe. A propina era exigida para não atrapalhar os negócios do empresário. Segundo o delegado Walter Ferrari, do Garra, a chantagem acontecia há 60 dias. O auditor da Aneel era responsável por validar o cumprimento de contratos entre o empresário e o Governo Federal. “A vítima tinha contratos onde se comprometia investir em infraestrutura e o cumprimento dessas metas gerava bônus. O auditor afirmava que, se não recebesse a propina, atrapalharia a obtenção desses benefícios”, disse o delegado.

O advogado de Iruri Ribeiro, Luiz Antonio Nazareth Júnior, nega que seu cliente tenha exigido propina do empresário. “Ele não praticou esses crimes e há um certo equívoco, porque um houve um descontentamento entre esses empresários e o meu cliente”, diz.

Os policiais do Deic vão pedir ajuda da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal para investigar se o funcionário da Aneel fez outras vítimas. O primeiro passo é tentar descobrir se o padrão de vida dele é compatível com o salário de R$ 16 mil que ele recebe. Do portal Diário do Poder.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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