A sessão ordinária da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães deve ser movimentada, depois de duas obstruções seguidas, quando os vereadores se retiraram do plenário para evitar o quórum regimental.
Não está afastada a hipótese de manobra semelhante e pergunta-se como o Presidente Domingos Carlos Alves conduzirá os trabalhos, incluindo (ou não) na pauta o orçamento do Executivo para 2015.
Os vereadores de Oposição e os renegados do grupo dos Oito querem votar uma taxa de remanejamento de verbas, dentro do Orçamento, de apenas 10%, o que deixaria o prefeito Humberto Santa Cruz refém do Legislativo no ano de 2015.
O mundo político de Luís Eduardo Magalhães, debaixo de uma aparente bruma de calmaria, atinge temperaturas próximas a da ebulição.


Sempre achei que a primeira atitude de um Vereador eleito deveria ser procurar um pouco de aprendizado sobre Orçamento Público.
Quando vejo notícias como esta, tenho a certeza que os interesses políticos se sobrepõe aos interesses da coletividade.
Para o Gestor, governar com apenas 10% de remanejamento, significa não poder mudar as prioridades orçamentárias, algo que é muito comum, especialmente num município dinâmico como o nosso.
É normal, ocorrer necessidade de se fazer transferências ou remanejamentos de uma dotação para outra ou de um órgão para outro.
Incorreções no Planejamento, omissões orçamentárias, variações de preços de mercado de bens e serviços, e outras situações alheias a vontade do Gestor, podem gerar a necessidade de remanejamento ou de liberação de créditos adicionais.
Criou-se no meio dos “leigos” a ideia de que aumentar o percentual de remanejamento significa liberar o Prefeito para fazer o que bem entender, o que não é verdade.
Espero sinceramente que os nobres vereadores repensem este assunto e tratem de fazer o mais importante, que é aumentar o percentual de remanejamento e ao mesmo tempo acompanhar de perto a execução orçamentária.
O resto, infelizmente, … é falácia e mero jogo de interesses.
Parabéns Trilha, excelente texto!!!
Poie é meu caro Werther.
Não adianta fechar as portas do remanejamento e não acompanhar a execução orçamentária.
A maioria dos municípios brasileiros chega no mês de agosto com 100 por cento do orçamento empenhado. Como ficam os meses restantes?
Insisto que mais importante que se preocupar com estes percentuais é executar o orçamento de forma clara, visando as necessidades de cada área.
Grande Marina. Como falávamos outro dia, engessar o orçamento é algo que compromete as ações de governo.