O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico praticamente desdenha qualquer possibilidade de faltar energia em 2015. De acordo com o comitê, “o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é de 4,2% e 0,3%, respectivamente”
Enquanto isso, na sexta-feira passada, foi registrado o recorde histórico de utilização de energia térmica no Brasil: 17 156 megawatts (1,22 a potência instalada de Itaipu). O recorde anterior havia sido em 21 de novembro, quando foram acionados 17 068 MW. Neste dia 7 de dezembro foram consumidos um total de 52.688 MW em todo o País.
O que é mais preocupante no recorde de sexta-feira é que do total de 22 112 MW de capacidade instalada, havia 17 362 MW efetivamente disponíveis, pois 4 750 MW estavam em manutenção. Ou seja, a sobra de segurança foi de somente 206 MW. Por Lauro Jardim, de Veja.
Não me preocupa, hoje, a margem de segurança estreita da relação produção de energia x consumo. Até porque está chovendo nas cabeceiras de todas as grandes hidrelétricas do sudeste, centro-oeste, nordeste e norte. E daqui a 30 dias os reservatórios começam a encher. O que me preocupa é outubro do próximo ano, no auge da seca depois de 6 meses de estio. Já que não temos tecnologia para produzir navios, vamos continuar comprando os motores a diesel e óleo pesado e de-lhe instalar novas termelétricas.
Na foto, uma das oito unidades de 18.900 kW da Usina Maracanaú, no Ceará. O motor pesa 300 toneladas. A termelétrica tem ainda duas unidades de 7.456,8 kW cada, totalizando 162.338 kW de capacidade instalada e 122.900 kW médios de garantia física de energia. Abaixo, vista aérea da termelétrica Suape III, em Pernambuco.


