O produtor João Carlos Jacobsen, que cultiva algodão na Bahia, assumirá no próximo dia 10, amanhã, a presidência da associação que representa os produtores da pluma do país, a Abrapa, com uma missão desafiadora. Terá de, não somente aplicar bem os quase US$ 700 milhões que a entidade tem no caixa, fruto do ressarcimento feito pelos EUA no âmbito do contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas também fazer com que os projetos que receberão o recurso andem com as próprias pernas quando o dinheiro acabar.
As primeiras parcelas do pagamento americano entraram na conta do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), criado para gerir os recursos, em 2010. Quando os Estados Unidos interromperam os pagamentos, no fim do ano passado, já haviam sido depositados US$ 505 milhões. Em outubro, outros US$ 300 milhões entraram no caixa do instituto como resultado do acordo feito entre os dois países para encerrar o contencioso.
Até agora, R$ 180 milhões foram aplicados em 41 projetos, a maior parte de qualificação dos funcionários das fazendas de algodão em diversas áreas, desde as mais técnicas, às voltadas à gestão contábil e administrativa. Também receberam aportes projetos de sustentabilidade, de assistência técnica e construção de centros de treinamento. “A qualificação é essencial, pois estamos falando de pessoas que estão no interior do Brasil, sem acesso à educação de ponta. Estamos suprindo uma lacuna que as faculdades locais não conseguem”, disse Jacobsen ao Valor.
Leia a íntegra da matéria de Fabiana Batista no jornal Valor Econômico.

