Vereadores do Paraná são presos, hoje pela manhã, por corrupção ativa

Câmara Municipal de Toledo
Câmara Municipal de Toledo

Uma operação do Gaeco, a pedido do Ministério Público, pode resultar no maior escândalo político da história recente em Toledo. Os vereadores Gian de Contos (PPS) e Eudes Dallagnol (SD) são suspeitos de terem cometido o crime de corrupção ativa numa eventual compra de votos para a eleição da nova Mesa Executiva da Câmara de Toledo, marcada para acontecer na próxima segunda-feira (15), a partir das 10h30. A suspeita é que estariam sendo oferecidos em torno de R$ 10 mil para cada vereador.

A denúncia partiu do também vereador Neudi Mosconi (SD), que estuda a possibilidade de adiar a votação da Câmara através de um mandado de segurança.

Agentes do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado teriam filmagens e escutas comprovando as denúncias.

O líder do Governo, Ademar Drfschmidt (PMDB), destaca que, caso as suspeitas sejam verdadeiras mancha “toda a imagem do Legislativo toledano, que ao longo de sua história sempre se caracterizou pelos bons exemplos”.

Mosconi, Gian e Eudes foram ouvidos na 20ª Subdivisão Policial ainda na madrugada deste domingo (14).

Mosconi contou ter sido procurado primeiro pelo colega Eudes Dallagnol – a pedido de Gian – e que acionou o Ministério Público imediatamente. “Não compactuo com ações dessa natureza e, quando falamos em mudanças e cobramos mais ética da classe política, precisamos denunciar e punir quem age na contramão deste processo”, resumiu.

Gian saiu rapidamente da delegacia acompanhado do pai, o ex-vereador Ermínio de Conto, e disse não ter oferecido dinheiro algum a qualquer outro vereador. Frisou não ter mais nada a acrescentar e que iria se pronunciar apenas após ter conhecimento do material que o Gaeco afirma ter obtido e que comprovariam as acusações.

R$10 mil? Esses caras de Toledo são uns amadores. No paralelo 12, esse mesmo tipo de ação pode render o dobro, em uma semana, ou 20 vezes mais, quando surge uma oportunidade especial, como a confirmação do campus de uma universidade na cidade. Ao menos era essa a pedida, que os renegados não levaram.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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