A refinaria de Pasadena, conhecida como a ruivinha, custou mais do que o dobro

A Ruiva. Clique na imagem para ampliar
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Um superfaturamento de US$ 659,4 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, foi apontado pelo relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado nesta quarta-feira, segundo o qual o valor pago a mais não levou em consideração o estado em que a refinaria estava. A refinaria era conhecida entre os gozadores da diretoria da Petrobras como “a ruivinha”, pelo seu adiantado estado de ferrugem.

O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, determinou a instauração imediata de processos administrativos sancionadores contra 22 pessoas, entre as quais ex-dirigentes, empregados e ex-empregados da Petrobras, como o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.

Segundo o relatório, houve erro na aquisição da primeira metade da refinaria, em 2006. O Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) feito pela Petrobras não levou em conta todas as premissas aplicáveis ao negócio, as quais resultariam na redução do valor máximo para a compra.

Quando se defende o Estado mínimo, as privatizações, não é por uma atitude neoliberal inconsequente. Não se deseja a entrega do consumidor às feras do senhor mercado, principalmente em atividades estratégicas como a extração e refino do petróleo. O que se deseja é apenas evitar a corrupção, o desmando, a má gestão, e a atuação do séquito de sanguessugas pendurados nas tetas gordas do erário público.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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