O escandaloso preço da gasolina e as ariranhas do Governo

Na imagem, um político devora, com gosto, sua propina.
Na imagem, um político devora, com gosto, sua propina.

A gasolina custa R$1,30 o litro nos Estados Unidos, depois das últimas quedas do petróleo no mercado internacional. Isso quer dizer que no Brasil o Governo e a Petrobras estão ficando com no mínimo R$1,80. E o Governo diz que a CIDE – Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico tem data marcada para voltar. Quando desapareceu, por motivos eleitoreiros, a CIDE estava em R$0,80 por litro.

Tudo isso para financiar os relevantes investimentos da Petrobras, entre os quais enriquecer um bando de empreiteiros e políticos, a maior quadrilha de ariranhas malfeitoras que já atacou o País. Haja Sérgio Moro para segurar este samba!

Ressarcimento e multa

Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato vão apresentar, até o próximo mês, uma série ações cíveis de improbidade administrativa contras as empreiteiras envolvidas nos desvios em contratos com a Petrobras. As maiores empresas do setor e seus respectivos diretores serão responsabilizados pelos prejuízos bilionários contra a estatal.

As ações devem guardar correspondência com as denúncias criminais oferecidas pelo MPF no início de dezembro contra sete funcionários e executivos da Camargo Corrêa, OAS, Engevix, Mendes Junior, Queiroz Galvão, UTC e Galvão Engenharia.

Essas ações serão apresentadas na Justiça Federal do Paraná. Entre outras penalidades, esse tipo de ação pode levar, em caso de condenação, à suspensão dos direitos políticos por até oito anos e à proibição de contratar com o Poder Público por até cinco anos.

As empresas e seus executivos também ficam obrigados a ressarcir integralmente o dano e a pagar multa em valor correspondente a duas vezes o prejuízo causado. Os procuradores, contudo, ainda não definiram quais punições vão requerer à Justiça. “Estamos terminando as ações para protocolar”, disse um integrante da força-tarefa.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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